FIM DE SEMANA

Este fim de semana foi muito variado, divertido e bem passado, com óptimas companhias.

Ontem foi mais um encontro mensal das Tricotadeiras do Porto. Conversa, troca de ideias, ensinamentos, segredos, truques, unem mulheres de diversos locais, de diversas idades e profissões, nesta arte outra vez florescente e cada vez com mais adeptas. Eis alguns trabalhos lindíssimos, das peritas na matéria!

Gostei imenso, foi uma tarde bem passada, conheci adeptas novas do tricot, até comprei uma lã nova, fiada à mão e tingida em casa, com uma cor linda, chamada pumpkim.

Hoje domingo, o dia estava fabuloso, ensolarado e quente para passear, logo de manhãzinha em Ponte de Lima, ponto de encontro e de partida para mais uma almoçarada dos"confrades".

Não tirei fotos dos rojões e do arroz de sarrabulho que fomos comer à "Cinda", mas estavam excelentes e saborosos como sempre, acabadinhos de fazer, em forno de lenha, com chouriço assado na lareira, acompanhado de broa e leite creme para finalizar. Depois, já que éramos os confrades anfitriões fomos até à quinta tomar os digestivos e passear à sombra das laranjeiras.

MACARONS

Há sempre uma primeira vez para tudo e é empolgante quando tentamos realizar o que sonhamos, delineamos ou decidimos experimentar. Depois, podemos ou não repetir.

Às vezes não voltamos a repetir, não porque tenha dado trabalho ou não tenhamos gostado do resultado mas sim porque o que nos aliciou foi o desafio às nossas capacidades e depois de vencido já não "dá pica".

Tenho uma amiga assim,que gosta de experimentar fazer tudo uma 1ª vez, depois ensina aos outros que a rodeiam, para que também façam, mas ela desliga-se.

Isto tudo porque andava há imenso tempo com vontade de fazer macarons.

Acho até que já tinha dito aqui que me iria lançar nessa aventura.O facto é que, comigo, tudo tem um tempo certo para se realizar e eu ainda não tinha encontrado esse "timing".

Foi inspirada na receita da Cláudia, que me lancei na aventura.

Saltei a parte de torrar e moer as avelãs e usei avelãs já moídas (sobras do Natal). Claro que as peneirei muito bem com o açúcar de confeiteiro, na mesma.

Em vez do creme de leite todo "XPTO" que ela usou, eu fiz um doce, com pouco açúcar, com as minhas framboesas da quinta (que tenho congeladas) e usei-as para ligar os macarons. Achei que eles já são suficientemente doces e usei a framboesa por pensar que, com a sua acidez, ligaria muito bem. Acertei.

Foi uma excelente maneira de experimentar, também pela 1ª vez, o saco de pasteleiro em silicone, que a minha filha me ofereceu, aqui há tempos. Funcionou muito bem e sem a sujeira do costume, que faço com o outro, por falta de jeito.

Ficaram muitíssimo bons, o problema mesmo é parar de os comer, e nem deram tanto trabalho como eu pensava que dariam. Vou repetir com certeza.

Experimentem! Há sempre uma primeira vez para tudo...

SUSHI VEGETARIANO

Este é um prato inteiramente cozinhado pela minha filha mas que estava tão delicioso que não resisto a mostrá-lo aqui.

Claro que ia ser o jantar dela mas toda a gente o provou... e gostou... e repetiu.

A técnica é a mesma do sushi de salmão ou outro.

Algas e arroz (cozido e borrifado com vinagre de arroz) próprios para sushi, cenouras, pimentos e courgettes partidos aos palitos finos, bem enrolados e apertados com a esteira de palhinha. Deixa-se "acamar" um pouco antes de cortar os rolinhos em fatias.

Acompanha-se com molho wasabi e molho de soja onde se mergulham as fatias.

Os crepes vietnamitas são recheados de legumes variados com cogumelos salteados e bem condimentados, noodles cozidos, tudo enrolado em massa de arroz.

Huuuuuuuuummmmmmm, deliciem-se!

SOL

Fim de semana espectacular de sol, bordados e preguiça.

Na verdade, senti-me privilegiada de poder passar sábado e domingo à tarde, sentada cá fora, de mangas arregaçadas, chapéu de sol, cães à minha volta, isto em pleno Inverno!

Honestamente, vieram-me à memória as minhas amigas nórdicas, "prisioneiras" em casa por causa da neve e do frio,a bordarem à luz eléctrica e de como era possível eu ter invejado aquela paisagem branca, quando me sinto aqui tão bem.

E o maior prazer, foi o de me levantar, dois passos ali ao lado, colher directamente da árvore tangerinas , frescas, sumarentas e dulcíssimas, para matar a sede. Uma atrás da outra...

Um recarregar de vitamina C e D !

Como diz a Sophia de Mello Breyner na «Saga», somos um país de laranjais e camélias e agora é mesmo a altura das duas coisas.

Como é que os "Troikanos", perdidos em névoas, gelos e neves se atrevem a considerar-nos lixo, com uma riqueza assim de luz, cores e aromas? O que eles têm é "inbeija"!

CHINESADAS

Este é um prato muito ao meu gosto e do meu filho. Aliás, foi ele mesmo que o cozinhou, no sábado passado, aproveitando o facto do meu marido estar ausente (ele não aprecia massa).

É simples, rápido e excelente.

Num Wok salteiam-se peitos de frango partidos aos cubos, num pouco de azeite. Depois de quase cozinhados, juntam-se legumes variados: rebentos de soja, cogumelos, pimentos, alho francês (há embalagens com estes legumes congelados no PD e servem lindamente).

Tempera-se com molho de soja, molho de ostra e picante e por fim junta-se o esparguete já cozido. Apura mais um pouco e já está.

BATATAS

Como não sou grande apreciadora de batatas (prefiro arroz), ando sempre à procura de novas maneiras de as cozinhar para as tornar mais sedutoras ao meu paladar.

Desta vez, resolvi fazer uso da grande quantidade e variedade de especiarias que anda cá por casa e inventar. Confesso que saíram bem boas e não sobraram, como é costume, apesar de ter feito uma grande quantidade.

Num saco de plástico (para não sujar as mãos) deitei:
1 colher de mel, 2 colheres de azeite, 1 colher de chá de açafrão, 1 colher de chá de caril, 1 colher de chá de paprika, pimenta moída, 2 dentes de alho esmagado, sumo de limão e 2 raminhos de rosmaninho a que ripei as folhas. 

Juntei as batatas descascadas e partidas aos quartos, fechei a saca e abanei bem as batatas lá dentro de maneira a ficarem bem envolvidas, no molho bem misturado.

Deitei-as numa assadeira, polvilhei com sal e assaram  durante 40 minutos. 

Acompanharam lombo de porco assado.

INSPIRAÇÕES

Não há nada melhor do que, de vez em quando, ver uns programas de culinária na TV para ter ideias e variar o menu do jantar de domingo.

Este prato foi inspirado no "masterchef". Ao ver aqueles pratos minimalistas, com reduções disto e daquilo, com nomes pomposos e inspirações asiáticas, indianas e outras que tais e ainda na sequência daquela vontade súbita que de repente tenho de comer determinados alimentos, resolvi inventar.Poderá chamar-se:

Omelete de espargos, camarões indianos em cama de alface e rúcula com maionese caseira.

- Numa frigideira com uma colher de azeite, alourei uma cebola picada com dois dentes de alho e uma malagueta a que tirei as sementes (quase todas). Juntei uma colher de garam masala e os camarões  (cozidos) descascados,mas sem serem congelados, deixando cozinhar em lume brando e virando-os de vez em quando.Polvilhei-os com coentros picados.

- Desfiz a  alface e rúcula, coloquei numa taça e juntei os camarões já frios.

- Fiz a maionese com um ovo caseiro a que juntei duas colheres de vinagre, sal, pimenta e cobri com o triplo de azeite. Meti-lhe a varinha mágica e com movimentos lentos, ascendentes e descendentes, bati a mistura até ficar espessa.

- Para a omelete, salteei os espargos frescos numa colher de azeite, até ficarem tenros mas não demasiado cozinhados e reservei. Bati os ovos (das minhas galinhas) com duas colheres de natas, sal e pimenta. Deite a mistura numa frigideira quente e untada, coloquei uma dose generosa de espargos em cada uma e polvilhei com queijo parmesão ralado na altura.

Acompanhei com torradinhas de pão com manteiga, quentes e estava tudo delicioso. Não demorei duas horas nem estive nunca sobre pressão, para acabar a tempo. Quanto ao júri cá de casa, aprovou claramente e passou-me à fase seguinte! :)

BOCHECHAS DE PORCO

Achei piada ao nome e trouxe uma embalagem do supermercado, quando andava às compras. Normalmente compro a carne sempre no mesmo talho e nunca as vi por lá, para a próxima vou perguntar por elas, uma vez que são tão boas.

A receita é inventada por mim e ficou muito bem.

BOCHECHAS DE PORCO

8 bochechas de porco
1 c.s. de mostarda de Dijon
1 c.s. de molho inglês
1 c.s. de mel
2 c.s. de molho de soja
sal q.b.(atenção ao molho de soja que usa porque alguns são muito salgados)
2 c.s. de azeite

Coloquei todos os ingredientes num alguidar e misturei bem. Mergulhei as bochechas do porco, envolvi e deixei a marinar de um dia para o outro.

Na altura de cozinhar, coloquei o azeite a cobrir o fundo de uma frigideira, deixei fritar dum lado e do outro selando a carne. Juntei o líquido da marinada e reduzi a temperatura, tapei e deixei cozinhar até reduzir o molho para um caramelo espesso e cremoso, verificando se a carne está no ponto.

Acompanhei com grelos salteados em azeite e alho.

PUDIM

O ano entrou preguiçoso e ronceiro, pouco dado a inovações ou experiências na cozinha.

Este é um pudim rápido e eficiente, sai sempre bem, sobretudo quando se tem visitas inesperadas, como foi o caso, este fim de semana.

1 medida de ovos

1 medida de leite

1 medida de açucar

1 c.s de maizena

vinho do Porto q.b.

e neste acrescentei raspa de uma laranja acabadinha de colher

Se usar uma medida grande o pudim será maior, importa é manter a mesma medida para todos os ingredientes.

Misturam-se os ovos com o açúcar e mexem-se bem. Acrescentam-se os outros ingredientes mexendo sempre e deita-se tudo numa forma com buraco, própria para pudim ( com tampa), que se caramelizou previamente. Eu usei caramelo em frasco para poupar tempo.

Introduz-se a forma numa panela e enche-se até 3/4 de água. Tapa-se e quando ferver coloca-se no mínimo e deixa-se cozer 30 min. ou até verificar, com um palito, que está cozido.

Deixa-se arrefecer um pouco, antes de desenformar.

SOL

Fim de semana excelente de sol, a convidar ao passeio e ar livre.

MÚSICA

De Strauss a Tchaikovsky, da valsa  ao ballet... ainda tenho os ouvidos cheios de música e os olhos de beleza e graciosidade.

Completei hoje as minhas férias culturais com a família e terminei lindamente com o « Quebra-nozes», magnificamente dançado pelo Ballet do Teatro Nacional de Moscovo.

ANO NOVO...

imagem da A28 no 1º dia do ano

Janeiro entrou frio e chuvoso contrastando com os dias ensolarados de Natal. 

Se calhar o novo ano está zangado com todos os horrores que dizem dele; que ninguém o quer, que vai ser uma ano de crise, que vamos passar um mau bocado, blá,blá,blá,blá...

O ano não tem culpa do estado económico a que o país chegou nem da conjectura económica mundial e estou farta do " choradinho" jornalístico que, com o pessimismo e sensacionalismo habituais, nos empurra bem mais fundo para a depressão generalizada.

  

Eu quero este ano novinho em folha, quero percorrê-lo do início ao fim cheia de esperança e alegria, escrever  como numa página em branco a vida em cada dia, chegar ao final de cada noite em paz comigo e com os outros, gozar o sol a chuva e desfiar calmamente mas com segurança as semanas e os meses do calendário.